Ao refletir sobre os limites do próprio trabalho, me surgiu a pergunta: o que é se sentir aceito(a) ou pertencer a um projeto ou empresa? Logo de imediato, percebi que esse questionamento fala mais sobre mim e não sobre o que os outros percebem como mérito.
Fala-se em meritocracia em muitas organizações, e é comum que, ao nos sentirmos aceitos ou pertencentes, que acabemos nos dedicando além dos nossos limites. Então, eu te pergunto: onde está escrito ou definido que sua dedicação extenuante resultará em mérito ou aumento salarial?
A dedicação, por si só, não produz invariavelmente a percepção de mérito, porque há outros fatores envolvidos, como as relações de poder e hierarquia na organização em que você “faz parte”. O que é “invariável” na vida é que as garantias são incertas. Por isso, como evitar ultrapassar os próprios limites pessoais? Para isso, é fundamental ter claro sobre seus objetivos em relação ao que está fazendo e por quanto tempo pretende continuar.
Aprenda a estabelecer limites pessoais, estando atento(a) ao que a situação exige e aos limites do seu corpo no aqui e agora. Trabalhe na potência do que pode ser realizado no momento, considerando os recursos que tem. Dê sentido ao que está fazendo e aposte abertamente sem frases prontas como “acredito que isso será da forma…”, afinal, isso “determina” o futuro.
Vamos conversar?